terça-feira, 7 de junho de 2011

Prelúdio

O corpo é benigno,
A alma é torturante.
O corpo é trajado de fantasias,
E a alma veste-se com trapos e veludos!

O espírito é loucura,
E os sentimentos são devaneios,
O espírito aspira emoção,
E os sentimentos, tão muito, tão pouco, exigem nostalgia.

O corpo é o fracasso,
A alma puro desalento.
O espírito é imaginário,
E os sentimentos embora, incompreendidos, são verdadeiros.

Natália Tamara




"Teu suspiro infla a vela do meu barco, e Eu navego a deriva dos teus beijos"

Quintetos

 Grafar em pobres palavras,
O desencanto desta encantadora vida,
Sujar as linhas com escritas débeis...
Gastar a tinta da caneta em vão,
Sim! Tudo isto para simples desabafo existencial!


Não! Não quero mais a covardia,
Quero sentir o esplendor exuberante da coragem,
Sentir quem sabe a alma se desprender deste inútil corpo!
Não! Não mais a filosofia bailando nestas veias,
Queria simplesmente VIDA, mas não tenho, então suplico a Morte!

Natália Tamara 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Soneto nada Complexo

Neste meu efusivo momento de solidão,
Tento diligentemente parar de chorar.
Sinto um vento nada favônio em meu coração,
Queria sair das lembranças para te encontrar...

Meus passos deixam pegadas leves. Não deixo pegadas!
Não tenho nada de egrégio; sou tão plebeia.
Os homens não são edênicos, as mulheres tão não amadas,
Quero acreditar, mas não acredito, não sei! Pareço ser ateia!

Tenho rosas nas mãos, no mesmo momento que tenho pedras,
Acumulo saudades de você, e , tenho ódio da tua ausência,
Sinto paz ao teu lado, e, no mesmo instante faço guerras!

Não quero felonia neste meu drama melancólico,
Quero apenas sentir o eflúvio deste magnifico “ser”
E sem a menor égide, afogar-me em teu infinito oceano de prazer...


Natália Tamara




"E o nosso Amor há de ser eterno..."