sexta-feira, 30 de maio de 2014

Queria Você!...


Queria escrever teu nome, e tua auto particularidade,
Como a simples e angelical beleza de uma rosa.
Queria no teu olhar, silenciar a solidão pavorosa,
Silenciar o soluço amargo que toma esta alma sentimental!

Queria a fragrância da tua saudosa voz,
Aromatizando à maldita vida de quem vive a te esperar.
Queria compreender a desventura, a ânsia e loucura,
Deste ser que vive apenas para te adorar!

Queria numa linda canção idolatrar teu nome,
E aos teus pés lacrimejar desculpas, por esta ridícula paixão.
Queria o perfume suavíssimo do teu corpo,
Esta delicada essência e milagrosa imagem!

Queria matar à alma, não apenas o corpo,
Pois, essa dor já não mais consigo suportar...
Queria tua voz e teu cheiro, no meu ultimo suspiro,
Tu és minha esperança de felicidade. Oh... Inconsolável amargura!

Queria adormecer em teus braços e cantar contigo belas liras,
Amar-te no amor do amor somente! Amar-te e só.
Queria minha alma em comunhão constante com a tua;
Hei de saborear o vinho, entorpecer minha dor, e te amar no queria!

(Natália Tamara)




Outro Alguém!

És por te, que nesta noite escura perco o sono,
Também é por você que bebo, mas não fumo.
Teu sorriso perturbador não me deixa em paz!
E teu jeito simples, despretensioso, me tortura,
Tirando-me do serio, massacrando meus ais...

Esta noite fria, tua foto me distrai,
Na verdade estas fotos tuas me matam!!
Tenho o sentimento queimando as veias;
Ouço o tempo que me repete o mesmo dissabor,
E sonho novamente esperando a Senhora Morte chegar...



  Natália Tamara





quarta-feira, 28 de maio de 2014

Senhor!

    Ao peregrinar nesta estrada tão ofensiva,
    Me perco dos teus ensinamentos,
    Eu talvez não me orgulhe de mim,
E mais tanto, e demais há tantos ais,
Eu te glorificou, meu grande senhor!
Sinto a cruz do pecado sobre minhas costas,
Eu pequei, eu quase sempre peco senhor!
Mas tu me envolve em teus braços,
Seca minhas lagrimas com amor e cuidado,
Mas eu bicho ruim, animal arredio,
Te viro as costas, de certo viro as costas pra mim!
Não seria o bastante te amar senhor?
Pois se não talvez nada mais possa fazer!
Meus enlevos são infindos,
Meu clamar alarmante,
E teu amor e perdão maior que o infinito...
Mas eu senhor? Eu senhor? O que sou?


(Natália Tamara)

domingo, 18 de maio de 2014

Permita-me...

Venho saudar teu sorriso e teus olhos gentis,
Provando teu cálice de desejos ternos,
Arde o sangue em minhas veias, tremo... Suspiro...
Sinto tua mão graciosa passear em meu corpo,
E a maestria deste nosso amor invade o mundo!

Permita-me sentir o calor da emoção,
Ouvir o cântico das estridentes vozes da alma,
Permita-me velejar no oceano do seu coração!
Ancorar navio e levitar diante a explosão amorosa,
Ir de encontro ao teu espírito avassalador...

Venho saudar teu semblante de atração furtiva e ardente,
Mergulhando assim, ainda mais nas canções de amor;
Há... Eu e você, uma melodia solene e uma balada latente!
Permita-me silenciar meus lábios frementes,
Na cândida e senhoril postura dos teus...

(Natália Tamara)




Peito Errante!

O que sobrou da fonte inesgotável de pensamentos,
Correntes sem rumo, espinhos e flores.
Os males na memória adormecendo e revivendo,
Em teu divino canto arrebatador e voraz!

A tarde toma-me em seus braços infinitos,
Sinto o meloso samba navegando em meu sangue!
Ah! Fantasmas, companheiros das noites eternas,
Cristais letárgicos, abusam da sede insaciável...

Eis-me aqui, ferida de amor e de saudade,
Uma amante fiel que por te procura,
Eu que outrora renunciava tua formosura,
Hoje choro, clamo, tremo; eu enlouqueço, desespero-me!

O que sobrou dos sonhos juvenis do coração,
Sorrisos levianos e lagrimas de um peito não mais virgem.
Oh! Quantas vezes tua distancia zombou de mim,
Matando meus suspiros alegres ao lembrar-se de te...

Ó lábios perfeitos, cujo o riso a paz me tira,
Por isso te amarei constante, cantarei amante...
Ó musica, contigo devorei paginas lascivas de romances,
Ah amorosa visão melódica, por te viverei errante!

(Natália Tâmara)








Soneto Nostálgico

Tu, Ó fantasia dos mares meus,
Que nunca penetrastes tua emoção sobre mim.
Tu, loucura virginal dos enganos meus,
Que jorra em meu coração migalhas sensuais de te!

Oh... Companheiro fiel, retirado da adega,
Penetra não só neste corpo febril e delirante.
Oh... Suave veneno, queimando bactérias do coração,
Entorpece toda esta alma louca e meramente insignificante!

Tu, lua misteriosa que salda melodias ardentes,
Sonda meus amores, paixões e meu único amor onipotente!
Tu, que és astro luz, reluz em meu olhar teu esplendor...

Oh... Passos inconstante; que tanto quero seguir,
Teu sorriso sedutor que acalanta e faz sofrer,
Oh... Meu amigo vinho, brindamos juntos a este sofrimento!

(Natália Tamara)



sábado, 17 de maio de 2014

Alguém!...

Teu ar sedutor e misterioso ronda meus pensamentos,
Esta altivez pequenina e tão imensa me atrai,
Flutua sobre as nuvens... Eterno anjo.
Vem... Que há muito estou a tua espera,
Tomada por um desejo insaciável e eternamente romântico!

Per lustro um corredor de infinitas dores,
Afundando minha alma no lamaçal dos teus passos...
Entro nos teus olhos, perfurando tua alma,
Numa delicadeza exacerbada que preciso te fazer sentir!

Eis-me aqui, delirante, mergulhada em tua voz,
Fechada em meus sentimentos, prostrada na cadeia do amor!
Sim! Tu não sabes! “Eu” sei, e, não queria rastejar neste mar de lama!
Ah... Misterioso olhar que golpeia meu tosco coração,
Fonte de inspiração, minha ruína e esplendor sentimental!

(Natália Tamara)



sexta-feira, 16 de maio de 2014

Anjo!

Anjo, corpo inatingível, sonho alado,
O teu riso é feiticeiro, infelizes os teus deuses.
Tu, que és mais santa do que as santas todas,
Meiga criança, melodia de um amor sacrossanto!

Anjo és tu que dominas meu pensamento,
Que plena, me invade e me extasia...
No desbotar da minha existência por te atormentada,
Até minha língua, chegando ao fim da tua orgia!

Anjo! Cantarei, porque sei que te amo,
Aqui no peito, meu risonho coração plange...
Escancarando a boca ampla e vadia,
Esperando teu beijo de louca nostalgia!

Anjo, esta amizade, não por mau, transformou-se em amor,
E essa aventura neste chão tristonho ecoa...
Aos teus pés suplico perdão, para à culpa sem culpa,
Do rugir do prazer, da ânsia da plasmática paixão!

Anjo; corri a galopar pela treva infinita,
Eu fui, no noturno mistério, a fantasia maldita,
Não olhava ao redor, nosso enredo proibido,
Sempre ia a desejar perfurar teu corpo, meu ridículo divinal sonho!

(Natália Tamara)




Soneto do Desejo de Um Beijo!

Rabisco um verso qualquer, já não quero escrever,
Estou de mal com a escrita, o que importa?
Minha emoção, talvez não passe de entulhos, pedras, cimento,
Resvalo-me nos becos sem saídas; não tenho saída!

Falsa matéria lubridiando  em meu “ego”,
A triste alma faminta, um coração nebuloso e ridículo.
Assassinei as células vitaminosas desta louca existência,
Quebrando um elo milenar, desejando teu beijo provar...

Rabisco mais um verso, um misero verso informal,
Padecendo minha visão... Hoje já não sei olhar... Mistério...
Sigo glorificando a paixão desmedida, o desejo infernal!

Sacrifiquei meu vagabundo coração, ah... “Quem dera que fosse”,
Na tentativa de outro coração fazer feliz! Maldição!
Meus fantasmas barraram-me! Então quando beijarei teus lábios!

(Natália Tamara)                                  21\08\2007





segunda-feira, 12 de maio de 2014

Soneto

Águas do vale encantado banham meu corpo,
Encharca minha alma, afoga minha mente;
Navegando sem direção, naufrago na tua ausência,
Sigo portando o estandarte da louca ilusão!

Águas que banham meu triste rosto,
Inundam minha caminhada de intensa paixão;
Cachoeira grandiosa, nascente dos meus olhos,
Inundação da minha extensa solidão!

Blasfemo por ter sido corrompida por este sentimento,
Sei “eu”, que tu feriste com mão certeira este ávido coração,
Ah... Eu sei! Que tu foste alimento de uma louca atração!

Olha – me! Este teu olhar sereno e límpido,
Quebra a geleira que cobre o órgão do amor,
Por te minha desvalida alma, vivi submissa!

(Natália Tamara)





domingo, 11 de maio de 2014

Eterno Elo...


Quando tua presença tão pura e inocente,
Pousa diante desta minha vida inútil,
É como se a escuridão dos meus olhos,
Fosse despetalada, dando lugar á uma imensa claridade,
Então a inútil vida, abre um sorriso fascinante a te saudar!

Quando estes olhos avistam tua esplendia miragem,
É como derreter este grandioso iceberg chamado coração,
É como suportar larvas vulcânicas entre ás veias,
Rasgando minhas células, queimando com porfia todo tecido emocional!

Quando lança teu lírico sorriso em minha direção,
Minha alma entra em um estado de múltiplas sensações,
Aeroplano a zombar da inconstância do meu viver;
Vive desdenhando o bramir da minha miséria humana,
Rasga enfim, na amplitude de altas nuvens, o teu glorioso véu!

(Natália Tamara)



(?) Interrogação

   Dolorido afã,
simetria imperfeita,
de um gástrico coração imperial!
Prisma inegável de um sorriso...
Tenho em mim o gosto fúnebre,
de um adeus por mim não acenado.
Como calar o que os olhos mostram explicitamente?
Despedaço a alma, tentando encaixa-la novamente,
tentando encontrar a sublime perfeição!
Quero por fim mortificar os pensamentos,
que pesam toneladas, que ardem, queimam;
mas por hora fico inerte a mim mesma.
Dolorido gracejar, ver uma rosa e já não se emocionar!
O que mais esperar deste espírito desbotado,
que perdeu o tom, perdeu o timbre!
Em fim já não habito mais em mim!

(Natália Tamara)




sábado, 10 de maio de 2014

Emoção!

Filha da maldição! Rainha da minha agonia,
Dançarina dos salões à bailar na calma dos tufões.
Cruel volúpia e profunda ternura,
Sino da paixão! Missa eterna do amor!
Sinto que alguma coisa em te, me pertence! E eu quero...

Teus seios miraculosos amamentam minha solidão,
E meus múltiplos pensamentos fantasiosos,
Debruçam-se nos teus braços elásticos!
Assim “eu” levo a boca até o êxtase do paladar,
Saboreando tuas asas de revoltosos relevos sentimentais!

Emoção... Tu que nos penetra como uma espada de fogo,
Perfura esta velha alma arruinada e doente,
Para que mãos misteriosas, com tanta delicadeza,
Possa cessar minha louca febre ardente;
Emoção... Tortura de um coração aflito! Emoção dona das fantasias...

(Natália Tamara)











Ah... Coração!

Ah... Coração impetuoso que não sei domar,
Fortaleza romântica que não consigo calar.
Ah... Razão monstruosa que segue a me torturar,
Loucura emocional que tanto quis me libertar!

Ah... Coração plebeu, vestido em veludo,
Serviçal de um amor tão imenso e contestado.
Ah... Nobreza tão rústica! Ela, rainha do meu calvário,
Leva-me para o tronco e chicoteia todo meu corpo!

Ah... Coração tão sofredor, envolvido em pecados,
Pulsa estonteante órgão sentimental  febril;
Ah... Coração vive em mim, mas não é meu!

Ah... Coração ditador, tão rigoroso e cruel,
Impõe tua ditadura de amor compulsoriamente,
Ah... Coração está em mim, mas é todo teu!

(Natália Tamara)