Não será estrela cadente, reluzente não será,
O sol é grande, luz mediterrânea de tais madrugadas.
Presença misteriosa que não via...
Segredo que anunciava anjos inaproveitáveis,
Em constante lira contavam, adeus para nunca mais!
Haverá água mansa, o vento lavara tudo,
A chuva é poeira, sigo a cantar algumas belas vinganças.
Há de morrer o estranho crepúsculo lunar;
E a terra há de fazer-se humilde e ensolarada,
Onde os corvos cantarão adeus para nunca mais!
Tudo isso é o meu mundo sombrio,
Mundo de vulgaridades e ruínas sem fim,
Um abismo profundo, meu mundo sem te é inexistente.
Ah, raio de sol, presente que ao céu peço,
Para que não digas adeus para nunca mais...
Será estrela cadente, constelação mais que reluzente,
Que deslumbradamente desfigura os limites da emoção,
E os habitantes do mundo vagueiam no espaço!
Se “eu” morresse neste momento, mal perceberia,
Que no mesmo instante cantaria adeus para nunca mais...
Natália Tamara