Noite! Perco-me no infinito de tua amplidão,
Com o coração cheio de gérmen e de vícios.
Estrela! Navego a deriva deste brilho ofuscante,
A noite vai cada vez mais alta e menos sombria!
Lua! Sempre moça, nua e bela; fascinante,
Peregrina no céu em sua virgindade eterna!
Ébria! Sigo sedenta, embriagada de filosofia,
Bebendo taças e taças do amor insolúvel...
O outono desfolha as árvores, os frutos acenam,
Eis que o amor desfolha o coração, aflorando os sentimentos,
Então desta árvore brotam o calor, a febre e a convulsão!
O calor invade o peito, á febre emana dos lábios,
E a convulsão exala amor de forma puríssima;
Onde o outono se desfaz das folhas, inspiradas pela natureza, ardentemente!...
Natália Tamara