domingo, 11 de novembro de 2012

“Não, e Ainda sim o mesmo Amor”


Nos teus seios saudosos embriagava-me de prazer,
Na real fantasia de enlouquecer no teu corpo.
Cinzas de dor em ópio letal, frágeis palavras,
Na decomposição fatal do ódio, da raiva!

Frenesi de insensatez e amor ao avesso,
Pairava nos corações massacrados pela duvida humana.
Cruel agonia em dó maior, e , certas vezes em ré sustenido,
Não mais o plausível abraço, tão pouco o beijo sufocante!

Nos teus olhos infinitos, visualizava o horizonte onipotente,
E por vezes sucumbia o desejo latente de prender-te a mim.
Ah coração! Companheiro do andar errante,
O que fazer com este infinito amor, esta paixão cruciante!

Penetrei fundo neste mar de ardor, neste vendaval incolor,
Implorando aos céus piedade para com este ser sofredor.
Não mais promessas de adorar sem fim, não mais você!
Agora existe apenas “Eu” e minha nova identidade de amor!

Natália Tamara.






sexta-feira, 2 de novembro de 2012

SONETO


Noite! Desce sua imensidade e com ela seus mistérios,
Pensava! E em que pensavas não me perguntes!
Pois meu coração irrecuperável, destruído;
És como um rouxinol que perdeu seu cantar embriagador!

Noite... Quisera eu descrever a beleza de tais olhos,
Mas nasci apenas para admirá-los...
Quisera eu descrever tais lábios, oh... Inesquecível noite,
Mas vivo apenas para desejá-los...

Oh... Certa voz é mais profunda e suave,
Que expulsaria os rouxinóis do jardim antes que cantasse,
E meu amor é corrosivo, como a doença e a sua cura juntas!

As estrelas ficam humilhadas com o brilho do seu rosto,
Quem és tu, que baila nesta noite e vens surpreender o meu segredo?
Já não sei quem sou então o véu desta mesma noite sepulta meu “ser”.

Natália Tamara