Noite! Desce sua
imensidade e com ela seus mistérios,
Pensava! E em que pensavas
não me perguntes!
Pois meu coração
irrecuperável, destruído;
És como um rouxinol que
perdeu seu cantar embriagador!
Noite... Quisera eu
descrever a beleza de tais olhos,
Mas nasci apenas para
admirá-los...
Quisera eu descrever
tais lábios, oh... Inesquecível noite,
Mas vivo apenas para
desejá-los...
Oh... Certa voz é mais
profunda e suave,
Que expulsaria os
rouxinóis do jardim antes que cantasse,
E meu amor é corrosivo,
como a doença e a sua cura juntas!
As estrelas ficam
humilhadas com o brilho do seu rosto,
Quem és tu, que baila
nesta noite e vens surpreender o meu segredo?
Já não sei quem sou
então o véu desta mesma noite sepulta meu “ser”.
Natália Tamara
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