Quando o véu da noite me atormenta em dores,
Rasgo o corpo mortal, ferindo à alma.
E “eu” sozinha viverei no exílio,
Suportando a culpa de amar sem ser amada!
Quando a alma boemia veste-se de luto,
Pereço pelas madrugadas de mãos dadas com a solidão;
O meu olhar apaixonado, tomba em águas de tristeza,
Estas quimeras já pressentidas desolam meu coração...
Quando iludida por teus olhos de miragem,
Deleito-me no abismo mais intimo do espírito...
E passa os minutos, passando toda uma eternidade,
Então vou cansando das palavras e elas de mim!
Quando o corpo do amor, feito de fruta e música,
Exala intenções de desejos e flertes teatrais,
Finjo te esquecer, confundindo imagens,
Queimando algumas dores fundas e reais...
Quando o véu da noite sorrir dos meus pesares,
Sinto que só a morte pode cessar esta agonia...
Em tudo quanto olhei fiquei em parte, amei!
E neste verso também fiquei; lembrando de você nesta madrugada
fria.
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