Serei um mundo virgem, uma ilha perdida,
Cantando amores em cada verso frágil...
Serei o silencio da noite e a mancha do silencio,
Desejando sorver o perfume da própria noite,
Em loucas paixões e todo inocente teatro!
Tão belas e puras as flores deste espetáculo,
As rosas banhadas de orvalho de paixão.
Tinjo a madrugada com sorrisos ofegantes,
Quero comprar-te os lírios mais singelos,
Para oferta-lhes nas noites e manhãs de saudades.
Tanta dor inflama o corpo e a alma...
E neste silencio busco amor, busco vida longa e bela!
Serei o jardim oculto em plena sombra,
Onde a primavera é o sopro louco,
E o riso feliz se perde entre frio e calor da solidão.
Serei a flor aberta, a rosa viva,
Cantarolando amores em cada aurora e em cada anoitecer!
(Natália Tamara)
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