quarta-feira, 1 de agosto de 2012

VII



Não há escapatória para um coração inundado,
Um pobre órgão afetado por tantos sentimentos,
E uma mente conturbada, massacrada e sem limites!
Desgovernadamente vou na dupla contramão,
Neste descompasso de incertezas, sei uma única coisa.

Perco os sentidos ao relembrar cada gesto, cada toque,
Navego nas lembranças tórridas que mantém minha febre! 
Mas ainda sim, não sei de mim, Perdi algo de muito especial;
Necessito exasperadamente da cura, do teu milagroso perdão,
E assim possa me encontrar novamente, Amar como antes...?

Não há descanso para um espirito cativo da tua imagem,
Tenho pavor de mim mesma, nesta ausência de você.
Digas o que quiser, tens razão e autoridade para tal voz,
Porém não tente camuflar nosso amor passado,
Pois este é meu alimento nas horas de paz, e meu refugio de mim!

                                                                        Natália Tamara   




                                                  (Somos Prisioneiros Livres!)     

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