terça-feira, 21 de julho de 2015

Marta Queila



Aqueles olhos tão distantes,
Aquele lindo semblante de menina mulher!
Velejo as paralelas da imaginação,
Desenhando nos meus pensamentos,
Aquele sorriso!
Sinto a emoção transbordar,
Todo instante que tua foto repousa em minha visão...
Como explicar a ciência do sentir?
Como calcular a equação do gostar?
Fui persuadida por teu ar angelical,
Sem contestar, sem reclamar!
Por vezes imagino ser o "super homem"
E cruzar os mares a voar,
Para recebe-la em meus braços,
E em um terno abraço te contemplar!
Sorrir no teu sorriso e por fim te amar...



(Natália Tamara)








segunda-feira, 4 de maio de 2015

O Tempo!



O senhor cronológico da vida,
Anfitrião de tantos encontros e despedidas,
O guardião voluntario das estações!
Tempo,
Quantas almas escorrem em teus braços,
Quantos sonhos desgastados nas solas,
Dos teus amplos sapatos!
E quantas vitorias celebradas sob a maestria,
Da tua imensidão...
Oh, meu Sábio Tempo,
Quanto tempo para esquecer um sorriso?
Quanto tempo para amargar uma dor?
Quando tempo pra sorrir inocentemente?
Quanto tempo pra esquecer um amor?
Quanto tempo pra receber um diploma?
Quanto tempo pra entender uma mãe?
Quanto tempo para amar a família?
Quanto tempo para amar sem culpa?
Quanto tempo para esquecer um amor!
Oh Tempo,
Quanto tempo para se perder no tempo?
Quanto tempo teremos,
Para entender uma vida?
Para entender todos os paradigmas,
Compreender toda uma genética,
E sua divergente mutação?
Quanto tempo pra ser perdoada e aprender a perdoar?
Quanto tempo pra esquecer um amor?
Tempo,
Dono das horas, dos dias, dos meses, anos e séculos,
Quanto tempo teremos pra dizer,
Que só tempo pode responde?!



(Natália Tamara)












quinta-feira, 23 de abril de 2015

"Alguém"

Veio de onde não podia imaginar,
Luz inebriante, mistério latente,
Um disparo oculto me acertou o peito,
Ela, com seu ar estonteante,
Uma rainha com seu manto sobrenatural!
Cem versos seriam mínimos,
Para falar sobre sua beleza,
Teu encanto, tua singeleza...
No constante girar do universo,
Meus pensamentos giram e me trazem teu sorriso!
Perco-me desenhando teu rosto,
Desejando pintar teus lábios,
Com a cor desejo dos meus!
Não lucidez, Ilusão, loucura, devaneio,
Não sei! O que posso afirmar
É que ela acendeu a lareira do meu coração...


(Natália Tamara)





sexta-feira, 27 de março de 2015

XII

Olá meu caro amigo, hoje o dia amanheceu azul, céu anil, mas, a lembrança cinza dela insiste em enevoar minha visão, ofuscando gradativamente todos os sentidos desta vida heterogenia.
O vento quente de verão vem aquecer este frio latente que percorre minhas veias gélidas neste dia de sol brilhante. Tenho ansiado algumas vezes por outra terra, outros ares, mas sinto alguns pingos de esperança que ainda me prendem aqui; sei que não deveria alimentar esse sentimento, mas essa chama parece não apagar, nem mesmo com um vendaval catastrófico de granizo. Aquela imagem não se desfaz; esta “estória confusa” não me deixa em paz, é como se estivesse acorrentada, preza por um sentimento o qual nunca consegui definir.
A volúpia carnal daquele espírito me deixa atônica, aquele sorriso cruel de desdém, seus amores primeiros, sua total disposição para amar e desamar tão rapidamente, ah meu fiel amigo como eu quero esquecer tudo isso, por um fim neste desejo incontrolável de querer entender o porquê se não era pra ser. Cada encontro trazia a sensação de uma ultima despedida, tê-la ao meu lado era um prazer subvertido em uma agonia de não ter controle nenhum sobre a situação, eu sabia que a qualquer momento tudo podia virar tragédia, como se houvesse uma bomba relógio dentro de mim. Eu não conseguia ter certeza do que sentia, era uma confusão enorme, e, cada vez que penso nela sinto o gosto de passado, como uma canção mau interpretada, é como se poema faltasse uma estrofe, muitas vezes sinto um pressagio de futuro, como se eu pudesse reinventá-la, fazê-la emergi de um conto de fadas, ou melhor, quem dera ela fosse uma mistura de Elizabeth Bennet com Annabeth filha de Atena, ou talvez ela fosse ela mesma, sem dilemas, sem passado, sem vulgaridades...
É meu amigo, o dia amanheceu lindo, mas ainda sinto as cinzas de uma louca estória caindo sobre meus passos, nublando minha alma, deixando-me em total estado de frustração, como se algo morresse antes de ter fim. Deixo-te com um abraço pesaroso deste dia azul anil. 

(Natália Tamara)





domingo, 8 de março de 2015

Incógnita do Ser!

    As cordas,
As amarras da vida!
Saudades da vida que não tive,
O tempo morreu em mim!
O saudosismo das palavras,
Não valem nada,
Hoje se vive a roleta russa do capitalismo.
A grande maioria dos indivíduos,
Enredam suas vidas de aparência,
A materialidade esta em primeiro lugar!
Conversas vazias, risos sem ideologia...
As pessoas me enojam, tenho náuseas,
Chego a vomitar com vulgaridades alheias.
A vaidade do corpo,
Cuspindo banalidades sem fim!
As cordas, as amarras...
A triste agonia de não viver em mim.
Quisera eu ser um pássaro,
Um condor voraz, totalmente livre,
Alçando voo na infinitude do azul...
Quem dera um livro, com uma historia fascinante;
Quisera eu ser um poema imortal!
Ou um dia quem sabe, saber quem sou!!


(Natália Tamara)


** Do outro lado de mim**

   Em meio aos livros, emaranhada em pensamentos, reprises, reencontros, vejo-me fragmentada nas ruas desta cidade que nunca para; tento calar essa chama ardente, esse vapor entorpecente de amor e dor de um passado não passado.
Ela tem umas sombras escuras neste olhar vermelho anil, e ditosa, no seu arauto juvenil diz que o tal amor tem toda razão e que a paixão é o estopim de uma excitante atração. Então ela cruzou as pernas num ato convidativo, puxando delicadamente seu vestido, cor de carmim prateado...
" Eu infiltrei meu olhar sedento naquele olhar vermelho anil, e lentamente abocanhei aquelas pernas de louça numa voracidade pagã, tirando delicadamente o vestido prateado, salivando seu corpo sedutor e cravando meus dentes em seu pescoço fervescente! Perdi o bom senso nos horizontes carnais daquela mulher, degustei insaciavelmente o melhor pedaço, apavorei seu nervo rígido até ela se contorcer de prazer voraz!!
Ela perdeu a compostura e se lançou as delírios de baixo calão, em sobressaltos ouvia-se: (me bate, me chama de vadia, bate mais, mais...mais, vai, vai... que delicia, safada, me chupa, ai, vai, vai,que gostoso, e outras frases que é melhor apenas imaginar!).
Depois de uma noite delirante, de prazeres exorbitantes, sorrir ainda embriagada de êxtase, e admirei aquele corpo entre os lençóis de cetim. Coloquei-me de pé, servi mais uma taça de espumante para ela, adjetivei a noite com um: Foi sensacional. Mas preciso ir... Ela indagou sobre os motivos de uma partida tão rápida, pediu o numero do meu telefone, e algo mais, eu me vestir, acariciei seu rosto levemente, e disse não sou daqui, alias talvez eu nem exista, essa noite eu estive do "outro lado de mim" Já de saída eu disse:
    Ah eu pedi seu café, Bom Dia... "
Sai do Elevador, paguei a conta, respirei o ar poluído da cidade de São Paulo, tomei o metro, sentei-me admirando a paisagem humana de uma simples e linda garota que estava ao meu lado, e novamente me encontrei com o passado que não passou, mesmo assim deixei soar um largo sorriso para a moça do meu lado e assoviei uma canção que diz: Comece o dia amando mais você...

(Natália Tamara)



SEIOS!

    Tão lindos, tão robustos,
Tão atraentes,
Que o olhar se perde,
Em amplitude de desejos!
Seios...
Tão Lindos, tão maçãs do Amor!

(Natália Tamara)




quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

ELA II



Os passos na escada,
O vulto da figura amada,
Ela, dama dos meus sonhos,
Ela cujo sono me tira, cuja pele é tecida com fios de seda.
Os passos no jardim,
O sorriso inconfundível de Eurídice,
A musa da minha existência,
A inspiração das minhas liras...


(Natália Tamara)




quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Dubiedade


Ó minha odiada amada,
Como conviver com o não,
Este não revestido em sim!
Ó minha amada odiada,
Como suportar estas lembranças,
Eternas, imortais e controversas!
Que céu, que inferno, mel e fel,
Murmúrios incógnitos,
Deste sentimento flamejante!
Ó minha amada,
Ó minha odiada,
Ó loucura exasperada!
O que fazer de mim?

(Natália Tamara)





terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Haicai Romântico!

Serei um mundo virgem, uma ilha perdida,
Cantando amores em cada verso frágil...
Serei o silencio da noite e a mancha do silencio,
Desejando sorver o perfume da própria noite,
Em loucas paixões e todo inocente teatro!

Tão belas e puras as flores deste espetáculo,
As rosas banhadas de orvalho de paixão.
Tinjo a madrugada com sorrisos ofegantes,
Quero comprar-te os lírios mais singelos,
Para oferta-lhes nas noites e manhãs de saudades.
Tanta dor inflama o corpo e a alma...
E neste silencio busco amor, busco vida longa e bela!

Serei o jardim oculto em plena sombra,
Onde a primavera é o sopro louco,
E o riso feliz se perde entre frio e calor da solidão.
Serei a flor aberta, a rosa viva,
Cantarolando amores em cada aurora e em cada anoitecer!


(Natália Tamara)


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

SONETO Á UMA NOITE ESPECIAL!

 Não pretendo climatizar em puro êxtase,
Esta overdose sentimental em sorrisos apenas,
Cultivo a audácia de pluralizar este amor,
Mesmo que me aperte esta sensação hipocondríaca!

Flutua esta pobre alma pasmada ao infinito,
Numa noite ocultamente misteriosa, ou, tragicômica!
Suportei gemidos afônicos em total silêncio,
De mãos dadas com o bom senso, velei teu sono ao seu lado.

Me fiz presente em teu leito,
Sem tocar-lhe profundamente qualquer parte do corpo,
Toquei-te com o mais nobre sentimento, o mais divinal!

Não pretendo exaurir-me, prostrada a solidão,
Paira sobre mim a nuvem mais encantadora da paixão,
Aquela noite toquei-te com as batidas ofegantes do meu coração.

           Natália Tamara   


   




         

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Sentimento Intenso!

Tenho ansiado ardentemente,
Pelo cosmo inebriante dos seus olhos,
A escuridão é apenas o dedilhar de uma ausência,
Ou quem sabe o discurso prepotente da saudade?
Tenho perdido o sono nos últimos meses,
Mas ainda sim o café me faz bem!
Frágil coração, atingido por paixão e delírio,
Crucificai-o!  “Em nome do amor”!
Tenho tido febre frequentemente,
Fui infectada por teu feitiço,
Preferiria uma adaga atravessando meu coração!
O canto fúnebre da alma,
Alarma com diplomacia o penar,
Desta alma sombria, a ilusão de uma fantasia.
Há muito não sinto o tremulante
Espetáculo colorido dos meus olhos,
Minhas retinas vertem o amargor,
De uma desventura de amor...


(Natália Tamara)