Dissabores
nascidos nesta alma formosa;
Trago em mim,
um peito cansado e rouco,
De gemer na
mesma melodia do amor recíproco infeliz!
Não me
odeies, se por hora enlouqueci no feroz bramido,
Não cultuo
mascaras, nem mesmo nas mentiras eu menti!
Uma nodoa de
sangue brota neste olhar,
Neste sorriso
amputado, e agora recolhido em seu travor.
Estou
emudecida neste livro desbotado da minha existência,
Mas ainda sim
recebo o beijo fiel da poesia amante...
Bebi taças do
licor inconfundível dos teus lábios,
Hoje navego
no oceano do teu fel intragável.
É como se
labaredas de fogo penetrassem em minha alma,
Queimando com
porfia toda essa existência inexata de ser;
Atiçando os
neurônios que fervorosos dissipam a calma!
Natália
Tamara (Obra: Diário de Um Suicida)
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