A paisagem do
ridículo dá contornos a minha imagem,
Anseio o fim
de todo este padecimento, deste tormento.
Esta lacuna
não se fecha, fica maior a cada amanhecer...
Odeio certos
pensamentos, que corroem esta mente insana,
Mas ainda sim
amo a bela imagem, que representas para mim!
Quero
adormecer infinitamente, no gozo profundo do sublime amor,
Sediar o
encontro dos anjos no céu, e quem sabe....
Quem sabe...
Levitar ao serpentear nas chamas do inferno!
Vênus, como
sangrei ao separar-me de te,
E ainda sim
navegando neste mar vermelho, ouso te amar!
Doí-me
profundamente dedilhar o mesmo dó menor,
Cantar
solenemente a mesma melodia desvairada;
Deixar soar
harmonicamente este timbre fúnebre e febril.
Ah... Deusa
de todas as deusas, como esquecer teu esplendor?
E como viver
sem receber o alimento diário do teu sorriso?
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