quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Solidão


Vendo o soberbo e arrogante amor,
E todo sentimento ardente que queima,
A mais profunda intimidade da alma.
Oferto excessos de delicadeza hostil,
Que sigo a profetizar, com essa mascara indesejável!

Invejo a morte, pois esta possui a certeza que amara a todos,
A cólera que trago comigo é heroicamente lancinante,
Sem a intenção de matar-me, leva o espírito ao desespero.
Ânsias terríveis, venenos compulsivos, hórridas lembranças;
Gozarei martírios infindos, cruel agonia!

Ó trevas que enlutais o bem inocente, porem ardente,
Afaga esta ferida ainda aberta e sangrenta,
Atiça lenha neste fogaréu! Triunfa nobre solidão!
As cinzas desse fogo, nem tempestade apagará,
E todo lirismo deste coração é vento insolúvel de uma paixão!

Natália Tamara              


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