Ela
veio como uma brisa marítima, soprando lentamente amor, neste coração
sentimental, nesta alma louca e inadequada. Ela veio se instalou de mansinho,
se apossou, e de forma anormal tomou conta desta casa que habita meu espírito.
Eu quis, eu não queria, eu deveras nem mesmo sabia que displicentemente
pertencia a ela.
Embriagamos-nos
de paixão, pintamos nossas faces de vários personagens, sendo unicamente nós
mesmas; eu sorrir loucamente, chorei asperamente ás margens de tuas historias,
tu sorrio lindamente, foi inocente, não sendo tão inocente assim. Eu variei em
devaneios, eu criei bloqueios, e amor se escondeu, eu padeci no meu desespero,
e lancei-me ao precipício, “Te perdi por capricho” e agora me encontro nesse
tórrido abismo, e não sei mais de mim.
Amamos-nos, nos bagunçamos, hoje estamos longe, porém unidas por um
sentimento que jamais vai morrer, jamais será esquecido...
Sem
mais forças, tão pouco animo para escrever mais caro amigo confidente, deixo-te
por fim um abraço angustiante e caloroso.
(Natália Tamara)