domingo, 15 de setembro de 2013

I




- Sabe, caro amigo confidente, quando você se pega escrevendo na madrugada fria, que então posso notar tão quão minha obsolescência desprogramada, frigida e de um recalque tristemente funesto e alarmante. E posso confessar-lhes sem nenhuma virgula de demagogia, é tudo que resta a esta alma inundada de amor cítrico que parece não encontrar o rumo certo, uma reta horizontal, tal qual possa firma-lhes os pés pecadores numa direção cuja qual seja menos conflitante e árdua... Há muito tempo não escrevo em diários, pra ser franca jamais escrevi, mas como pode perceber não consigo interiorizar sentimentos “não consigo guarda-los só para mim”, então vou dedilhando os pensamentos em prosa e verso. (Bom ao menos penso ser) e me livrando dessas alucinações plasmáticas que me consomem noite e dia, com muito ainda por dizer mais sem retórica firme apenas lamentos em pausas, vírgulas, exclamações e pontos vãos; despeço-me com um breve ponto final.


(Natália Tamara)


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