Amarga saliva, engolida a
seco,
Que angustia extravasa minha
alma,
Que dor maldita, dor
infinita,
Dor inimiga que invade meu
coração.
Minha boca, boca inútil para
teu beijo,
Minhas mãos, mãos inúteis
para teu corpo,
Meus lábios, tão inúteis
para receber os teus,
Minha vida querendo
prender-te a tua.
Amarga saliva, cuspida ao
chão,
Lançada á estrada para
aliviar a raiva,
Para aliviar essa minha
dor!...
Que amor doentio, esse, que
não fora por mim escolhido,
Talvez uma maldição, uma
chama ardente,
Uma vida, uma alma, de
tantos pesares sofrida!
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