terça-feira, 29 de abril de 2014

Tão Natural!?

A travessia; mar que despreza calmaria,
A maestria desafinada dos passos,
A continência mal batida!
O suposto descrito em preposições fora de lugar.
Lacunas abertas, feridas não curadas,
Frações mal resolvidas, adjetivos mal colocados!
O infinito corado com duvidas de ser...
O abismo pintado com paixões fugaz!
O titulo de Boêmia moldado na parede do ego insensato,
Um brinde as dores, aos sabores, e, até mesmo,
Aos dissabores da incógnita vida.
As crises de pânico, os picos polaroidicos,
Minhas caras e bocas,
As bocas que por mim passaram,
Algumas nem sei bem se devias ter beijado!
As faces ultrajadas, olhares transparentes,
Olhares camuflados e certa audácia em provar
Os sabores heterogêneos de desconhecido paladar!
Embriaguez magnetizante de um corpo alucinante,
Que deixou seu gosto de vinho frisante,
E seu cheiro aromatizante de homogêneo sabor!


(Natália Tamara)




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