Taça de vinho, mil vozes,
lira do vento,
Resumo todo meu amor, em
neve sem renas
Cadenciando soluços em
blasfêmia do momento,
Cólera que berra pelas
selvas serenas...
Peito humano, que esbraveja
em prece feroz,
Derrama-se, á rugir, tem
queixas do amor,
Entre uivos dos cães,
turbada a cantar,
Em forma de uma lira, em tão
complexo rumor!
Em farrapos, ensanguentado,
sem rumo,
Tenho miséria emocional,
sede, cálice seco!
Marchando num deserto, á
ranger os dentes...
Amargurada, cada gota de fel
recebo,
Um suplicio tamanho é teu
nome,
Pelos homens como Sócrates,
essa taça bebo!
Natália Tamara
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