Um suspiro abandonado padece devagar,
Oh! Febre humana! Trovões de beleza imortal.
Um sentimento antigo que reina no olhar,
Mãos alheias que novamente quero tocar...
Dor que desassossega o lírico coração,
Lembranças que não tranquiliza a mente.
Luzes intensas, transparentes, escura ilusão,
Deixando cair a chuva triste dentro de mim!
Fogo em brasa passeia nestes lábios febris,
Queimando com pranto de continuo curso...
Assim minha alma cinzenta vive a soluçar!
Gemendo neste meu tormento de amor,
Abandono minha vida nas asas de algum tufão,
E assim vai também meu lírico coração...
(Natália Tamara)
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