sexta-feira, 9 de maio de 2014

Lírico Coração

Um suspiro abandonado padece devagar,
Oh! Febre humana! Trovões de beleza imortal.
Um sentimento antigo que reina no olhar,
Mãos alheias que novamente quero tocar...

Dor que desassossega o lírico coração,
Lembranças que não tranquiliza a mente.
Luzes intensas, transparentes, escura ilusão,
Deixando cair a chuva triste dentro de mim!

Fogo em brasa passeia nestes lábios febris,
Queimando com pranto de continuo curso...
Assim minha alma cinzenta vive a soluçar!

Gemendo neste meu tormento de amor,
Abandono minha vida nas asas de algum tufão,
E assim vai também meu lírico coração...


(Natália Tamara)


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