domingo, 11 de maio de 2014

(?) Interrogação

   Dolorido afã,
simetria imperfeita,
de um gástrico coração imperial!
Prisma inegável de um sorriso...
Tenho em mim o gosto fúnebre,
de um adeus por mim não acenado.
Como calar o que os olhos mostram explicitamente?
Despedaço a alma, tentando encaixa-la novamente,
tentando encontrar a sublime perfeição!
Quero por fim mortificar os pensamentos,
que pesam toneladas, que ardem, queimam;
mas por hora fico inerte a mim mesma.
Dolorido gracejar, ver uma rosa e já não se emocionar!
O que mais esperar deste espírito desbotado,
que perdeu o tom, perdeu o timbre!
Em fim já não habito mais em mim!

(Natália Tamara)




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