Saturar a alma de desejos vulcânicos,
Com a ondulação dos teus quadris.
Desviar o tal olhar toda vez que tu passar.
Morrer paralisada no êxtase do teu corpo,
Teu corpo que foi é de tantos outros...
O tempo, o espaço a matilha de gente,
Eu, sem tempo, sem espaço e sem crença
Andarilha de caminhos estreitos.
Namorada do abandono e dos braços vazios,
Por muitas vezes visto-me de embriaguez para aliviar.
O papel, a caneta o cérebro em convulsão,
Eu! O vinho aberto, a bíblia fechada, a tua religião...
Perdi-me no teu andar erótico, minha própria
indignação!
Hoje bebo cálices de ópio, respiro fumaça de óleo
dizio,
Cavalgo em cavalo sem cela, pinto tua foto, mas não
tenho tela!
Natália Tamara.
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