quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Batom Vermelho!

Saturar a alma de desejos vulcânicos,
Com a ondulação dos teus quadris.
Desviar o tal olhar toda vez que tu passar.
Morrer paralisada no êxtase do teu corpo,
Teu corpo que foi é de tantos outros...

O tempo, o espaço a matilha de gente,
Eu, sem tempo, sem espaço e sem crença
Andarilha de caminhos estreitos.
Namorada do abandono e dos braços vazios,
Por muitas vezes visto-me de embriaguez para aliviar.

O papel, a caneta o cérebro em convulsão,
Eu! O vinho aberto, a bíblia fechada, a tua religião...
Perdi-me no teu andar erótico, minha própria indignação!
Hoje bebo cálices de ópio, respiro fumaça de óleo dizio,
Cavalgo em cavalo sem cela, pinto tua foto, mas não tenho tela!


Natália Tamara.



Nenhum comentário:

Postar um comentário