Foste tu a bela e breve flor de primavera,
teus cabelos revoltos e livres,
brincavam travessos no meu corpo nu.
Quem foi tu?
A menina mulher de sonho amarelo-azul?
Que outrora bailava no meu arco-íris,
e se despia nos meus encantos poéticos?!
Quem eras tu, bailarina fugaz dos corpos nus?
Travessia clandestina de paixões tuberculosas!
Quem foi tu, gloria de um verão inesquecível,
de um outono conflituoso e um inverno dramático!
Quem és tu? O rascunho de antes, o verso do que foi,
a lembrança do que não é mais...
Quem és tu, a imagem que ficou, o beijo que queimou e
queima ainda!
Quem foste tu, Afrodite inspiradora,
dos meus castelos de palavras?
A mais bela rainha de Um Rei plebeu;
Fostes de fato a digníssima dama de um nobre poeta.
Quem eras tu, prazeres fétidos, o passado obscuro?
Quem foste tu, Vênus da minha paixão inconstante?
Quem és tu, o poema que se perdeu, a flor que murchou,
o jardim encantado que morreu.
Ou ainda sim, és em sua essência,
A mais linda bailarina do meu arco-íris Azul?
(Natália Tamara)
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