Não mais a verdade das palavras, e sim o dissabor de amar,
O indivisível peso de ser e estar perante um abismo
cruciante!
Por terras sagradas, mares revoltos, ilhas teatrais,
Vaguei nesta perenal vida, neste horizonte populacional!
Tudo perdido, jogado as margens de uma renuncia; aqui estou,
Pedaço de matéria, homem nu, aquele ser que se perde de si.
O que fazer das mazelas deste coração tempestivo? O que
fazer de mim;
Boêmio infeliz de noites eternas, aventureiro dos mares
revoltos!
Não mais a poesia embrenhada nos poros, e sim o labor
cotidiano,
Por que tu senhora ausência não se afasta, leva teus ais...
Os pensamentos vagueiam solitários e embriagados de
lembranças vãs,
Não te rias de mi doce solidão, converte-se a padecer este
louco coração.
Morri pela beleza, pela elegância de mulheres sutis e
sedutoras,
Padeço a loucura infinda da congênita sedução fulminante!
Essa fissura afetiva esse gosto afrodisíaco de liberdade
aprisionada,
Uns chamam de desventura, outros de por sua vez de
felicidade!?
Natália Tamara
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