terça-feira, 26 de novembro de 2013

Microscópio Intimo

Portas fechadas,
Janelas entreabertas,
Ponte inclinada,
Muitas palavras,
Risos penosos,
Ruídos de dor!
A morte se cala,
O dia amanhece,
Agente anoitece,
E estamos sós...
O teatro dos dias,
A pós- agonia,
A fila da profecia?
A prosa flui,
O verso inclui,
E todo pedaço de mim,
É assim, poesia metamorfoseada,
Em lirismo e cifrão.

(Natália Tamara)


domingo, 17 de novembro de 2013

Infinito Amor...

Seu olhar fatalmente flertou-me,
E sutilmente fui reinando á seduzir-te,
Então seu cântico altivo e soberano,
Fraquejou quando lhe toquei as mãos!

O piano ardeu, e as notas em chamas,
Queimou com fúria meu confuso coração.
E cantando à meio tom, a voz ecoa suave,
O fogo dos nossos lábios acendeu a emoção!

Os lírios do teu ser encontraram os meus,
Despimos-nos de corpo e alma...
Mergulho nos acordes dos encontros seus,
Acalentando um sofrer louco e sem razão!

Não cante o que “eu” não sei sentir,
Pois meu amor é prazer de uma linda canção.
Os estilhaços da paixão, já não quero ouvir,
Tão pouco as lúdicas vozes da ficção!

Talvez “esse amor” seja um delírio meu,
Soando como samba enredo, na avenida da vida,
E a sedução um derivativo seu,
Então meu amor sem fim... Aqui se finda!

Natália Tamara  

II



- Eis-me aqui novamente, nobre amigo fiel, não mais, tão pouco menos confusa, e de fato mais uma vez atordoada com a complexidade da vida, que muitas vezes é julgada tão simples e tenho o maldito dom de complicar. Quantos passos dados em busca de amor. Mas o que seria o amor? Pois bem, chego a conclusão que este é sem duvida um sentimento efêmero, que se traduz em suas mais desconcertantes e variáveis formas de ser, de se vê, e por certo de se viver; contudo posso afirma-lhes que nem sempre mostramos o que realmente sentimos, e o mais absurdo podemos nos tornar o avesso de nós, ou não o avesso e sim a contradição.
Os atos de impulsos neuróticos podem dissipar nosso bom caráter e nos fazer um trapiche mesclado de conturbações que se alteram hora internamente, hora escandalosamente. Caro amigo os pensamentos estão em crise, sinto-me uma epilética no auge cruciante de ataques tenebrosos que geram dor, remorso e desespero.
Despeço de te, como um condenado, assumindo a culpa, a máxima culpa.

(Natália Tamara)





sexta-feira, 1 de novembro de 2013

QUASE UM MONOLOGO!

" Depois de amaranhados pensamentos catastróficos, revoltou-se contra o que tanto profetizou; o amor entre os humanos, e com a taça de gim na mão, deu-se o ultimo gole e pigarrou; depois olhou a sua volta e disse o amor entre nós não existe, hoje não existe amor sem condições limitadas, apenas provérbios controversos, interjeições mau colocadas, verbos de ligação projetados, e carências mau curadas.
*Tomou de um gole só seu duplo conhaque e afirmou:
_ Não tive mérito nenhum em conquista-la, uma meia duzia de palavras bem colocadas na hora da exaustão de sua caminhada, qualquer um(a), consegue facilmente não apenas conquista-la e sim te-la, palavras, atitudes bem moldadas em poucos dias, ela morre de amores, pousa pra fotos em verticais e horizontais meliantemente e despe-se, dá seu corpo nu fogosamente, como uma adolescente "mundana" que se encanta com reles plágios do seu primeiro amor.
* O ventou tomou seu monologo em sobressalto e afirmou-lhe com uma crédula certeza onipotente:
_ Não te lamentes filha de Eros, pois tua seiva é de nascimento, e , embora fora de equilibrou estejas, sabes bem que tua graça ou desgraça vem de berço. E no trilhar da face de Crono deparou-se com uma liagem de Dionísio, este compilado pelo seu devotismo ao prazer, ultrajou-se de Afrodite e tomou seu corpo, queimou sua alma, e seguiu em frente com sua sede letal de "Tesão"... Não se desfaleça descendente de Atena, de fato Tu não tevês mérito nenhum na conquista; porque neste enlevo que é a vida soou nos quatro cantos que o mérito foi todo Dela... Sim autentico Apolo foi ela quem te conquistou!
_ Então recomponha-se, e acabe com essa Ares dentro do teu ser!


(Natália Tamara)



terça-feira, 29 de outubro de 2013

Visões Metafóricas



Um livro,
A leitura mecanizada,
Outro livro,
O sabor das não lucidas palavras!
O livro flutuante,
Os jogadores,
Um fantasminha,
Dois cortes de Cabelo,
A juventude que canta" Pleb Rudy"
Azarados e desenhos!
Um assobiador e alguns sapatos,
Três atos de estupidez,
O corpo assustador e gelado,
O sangue gelou-se no coração saturado.
Ele não merecia morrer como morreu,
E a felina arranhou as paredes,
E misteriosamente desapareceu.


(Natália Tamara)


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Quando!...

Quando o véu da noite me atormenta em dores,
Rasgo o corpo mortal, ferindo à alma.
E “eu” sozinha viverei no exílio,
Suportando a culpa de amar sem ser amada!

Quando a alma boemia veste-se de luto,
Pereço pelas madrugadas de mãos dadas com a solidão;
O meu olhar apaixonado, tomba em águas de tristeza,
Estas quimeras já pressentidas desolam meu coração...

Quando iludida por teus olhos de miragem,
Deleito-me no abismo mais intimo do espírito...
E passa os minutos, passando toda uma eternidade,
Então vou cansando das palavras e elas de mim!

Quando o corpo do amor, feito de fruta e música,
Exala intenções de desejos e flertes teatrais,
Finjo te esquecer, confundindo imagens,
Queimando algumas dores fundas e reais...

Quando o véu da noite sorrir dos meus pesares,
Sinto que só a morte pode cessar esta agonia...
Em tudo quanto olhei fiquei em parte, amei!
E neste verso também fiquei; lembrando de você nesta madrugada fria.

Natália Tamara       


Usa e Abusa!

Abusa deste corpo que só recebe você,
Exige meu paladar unido ao teu.
Rasga tuas vestimentas, queima as minhas,
Provoca minhas células, afoga meu tesão.
Abusa deste sorriso que sempre se mostra pra você,
Exige meus braços passeando entre os teus;
Vem! Assassina minha timidez, dança comigo...

Usa meu leito, bebi, tira proveito de mim,
Envenena tuas veias, com meu sangue infectado de prazer.
Usa meu frenesi como desculpa; vem me possuir...
Toma minhas mãos tremulas, e coloca-as sobre teu corpo,
Este templo sagrado, que vivo a idolatrar!

Abusa desta língua inquieta, que deseja mergulhar na tua,
Vem! Devora meus lábios, já ressecados com tua ausência;
Penetra nas minhas fantasias, participa do meu orgasmo,
Arrebata esta matéria vivente, sufoca meus sussurros,
Abusa desta alma desvalida, goza sob meu avesso!
Enlouque e apavora meu nervo rígido,

Beija delicadamente minha vida, pois, minha vida é você...

Natália Tamara


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Dueto Informal



O mesmo, a mesma dose,
Meu constante vice versa,
O dilema que é meu, meu tormento,
O que é de natural em mim?
O Romantismo, a seriedade,
O não saber sorrir sempre?
Ou eles, que me destroem profundamente,
Os monstros, os picos surtos incontroláveis.
De tudo, entre tudo,
Eu sou lira, sou verso emocionado,
Sou amor verdadeiro,
Certas vezes louco pirado!
Nunca maloqueiro,
Alguns instantes bem descarado, sacana, safado!
Sou tristeza, quando mau interpretado,
Sou remoço, quando fraquejo e desaponto a amada!
Sou traição, quando traio a mim mesmo...
Sou ressurreição quando te tenho nos braços,
Sinto-me um Deus quando teu sorriso é motivo meu,
E um verme quando teu penar é culpa minha.
Sinto-me um nobre quando te amo,
E um plebeu imundo quando perco a compostura,
E me afogo na lama do ciume desmedido.
Não o mesmo, outra dose de gim amargo,
Meu avesso, a taça do contraste!
Sou um leque de afins e sei que tu também és!
Sou teu Poeta...
E tu és minha Poetisa...

Natália Tamara






Monologo



" Eu só queria ter ficado, não ter passado,

Eu só queria ser, pra não ser só,

E ser só sem ser...

Lápis de cor, tintas, um quadro lindo,

A imagem dela se reluzindo...

Meu caderno guardado, minha dor,

Este rancor traumatizado,

E eu queria tanto não ter passado,

E eu queria tanto ter ficado...

Eu queria, queria tanto, que nem sei mais querer"

Natália Tamara



domingo, 15 de setembro de 2013

VIII

Ela veio como uma brisa marítima, soprando lentamente amor, neste coração sentimental, nesta alma louca e inadequada. Ela veio se instalou de mansinho, se apossou, e de forma anormal tomou conta desta casa que habita meu espírito. Eu quis, eu não queria, eu deveras nem mesmo sabia que displicentemente pertencia a ela.
Embriagamos-nos de paixão, pintamos nossas faces de vários personagens, sendo unicamente nós mesmas; eu sorrir loucamente, chorei asperamente ás margens de tuas historias, tu sorrio lindamente, foi inocente, não sendo tão inocente assim. Eu variei em devaneios, eu criei bloqueios, e amor se escondeu, eu padeci no meu desespero, e lancei-me ao precipício, “Te perdi por capricho” e agora me encontro nesse tórrido abismo, e não sei mais de mim.  Amamos-nos, nos bagunçamos, hoje estamos longe, porém unidas por um sentimento que jamais vai morrer, jamais será esquecido...

Sem mais forças, tão pouco animo para escrever mais caro amigo confidente, deixo-te por fim um abraço angustiante e caloroso.

(Natália Tamara)





VII


Abriu a porta lentamente, dirigiu-se para o quarto tomou em suas mãos seu livro favorito, leu algumas paginas, escondeu o rosto entre as mãos e derreteu-se em lagrimas, recordou cada beijo nostálgico e permitiu-se um breve sorriso abrasivo e fervido. Com a alma e o corpo tremulo vestiu-se plangentimente com sua túnica imprópria de Fantasma da Opera, e jurou a si mesmo não voltar a amar, que estupidez, como não amar? Se seu espírito és devoto desse sentimento avassalador.
- Não quero mais que meu coração seja guiado, encorajado, ou estimulado por uma paixão, ele sozinho já se inflama bastante; pois não há nada mais volúvel e inconstante  que este órgão tão pulsante e quisás sofredor. Mas afirmo não posso me ausentar deste mar imensurável que és esse sentimento tão verdadeiro, tão audaz e misterioso.
Olhou por instantes no espelho das lembranças, e pode ver-se refletido numa imagem contraditória, perdeu o equilíbrio, perdeu a sensatez, perdeu as forças e pôs-se em lagrimas novamente... Esse amor, essa paixão não é, portanto nenhuma invenção poética vai além do entendimento pessoal, questiona todas as leis do sociável, quebra regras, acusando e condenando os princípios que existe no outrem e em te.
Tomou de posse o mesmo livro, resignou-se aos sentimentos, lamentou a ausência dela, cativou presenças novas, emoções novas, mas, guarda consigo a lembrança calorosa daquele velho novo amor. Fechou a porta do quarto, deitou-se na cama e clamou por dormir, apenas dormir e sonhar... Foi tudo que pude lhe escrever hoje meu nobre amigo, nada mais tenho a dizer, além de um até breve.

(Natália Tamara)




VI

O processo de transformação, é sem duvidas a maior aventura do mundo, tenho provado todos os sabores desta louca alucinação que é o "cotidiano" de viver. Meu caro amigo confidente, hoje, não tenho muito a escrever, os sentimentos me tomam por inteira, mas cismo que a melhor maneira de ficar mais perto desse amor é escrevendo, e sei que posso contar contigo, nossa amizade é a mais leal e refinada forma de aliança intima.
Posso confessar-lhes que a alegria é uma grande mestra, mas o desespero também. O assombro é um grande mestre, mas a confusão também. A esperança é uma grande mestra, quem sabe a loucura também; mas o amor é o mestre de todos os mestres, que me perdoe a senhora sabedoria, mas apesar de viver neste mundo parvo e fora de controle, ouso acreditar no amor; este amor genitor, esse amor soberano que tem o poder de regenerar nós seres humanos conflituosos e inconformados.
Prejulgo que esta minha mente tão fechada, esteja se auto abrindo para os cortes fundos da união entre amor poético e realidade do amor humano, ele se refere a amor retalhado, amor com horários de visitas marcadas, horários do deixa acontecer, amor do prazer por prazer; e, esse ultimo afirmo que não é amor.
“Mas o amor que trago comigo, meu caro amigo, é o mais romântico, porém o mais exigente, o mais cafona, o mais “ ridículo", porém o mais leal, o amor de poeta, exagerado em suas formas tanto lúcidas quanto não lúcidas, bruscas em alguns atos, porém sublime e carinhoso no ato final. Sim meu grande amigo, esse amor eu defendo com a própria vida.
Quanto a dor, não compreendo, mas ela queima, arde, oprimi, massacra e ao mesmo tempo fortalece. Bom com muito ainda por argumentar sobre esses assuntos abstratos e tão sensitivos, por tanto reais, despeço-me com um até breve.

Abraço...

(Natália Tamara)


III

A casa, o corredor, a porta, as malas, o carro, a estrada, toda angustia de tudo por nada, pensamentos meus, alheios pensamentos inaceitáveis; a capital baiana, o aeroporto, nada de expectativas exageradas, apenas entorpecida de dor, espasmos de ânsias, excessos de teorias intragáveis. O voo, o outro voo, Rio de Janeiro, Santa Catarina (mas precisamente Florianópolis).
Outro clima, outras ruas, os mesmos passos, a brisa marítima, reflexões, arrependimentos; um pequeno sopro de vida, o foco... O sangue começa ferver novamente, novas falas, novas conversas, beijos vãos, sem sentidos. O fogo da paixão então começa reviver; novo palco, mesma mascara real de romantismo cítrico, plasmático, carinhoso, sufocante, desafiador, incomum, incomparável, sereno, catastrófico, talvez não seja exagero se renomear como "Palhaço do Amor".
A Louca paixão, o quer ter e não saber bem o porque, o punhal certeiro, o sangramento constante, a Bela vivente sem vida continua, sempre interrompida, as cenas, o travor amargo de amar o que não pode ser, o emblemático coração que almeja poesia, sorriso lírico, solidão regada a vinho e boas músicas, esta diante a realidade tão temida! E ter seus olhos negros sempre ao meu lado, me fazia feliz.
Meu caro amigo confidente; cismo esta certa que a existência de uma criatura vale muito pouco, quando a vida é extraviada sentimentalmente. O continuo curso dos dias segue; e, o que posso afirmar meu grande amigo, é que custa caro vestir essa fantasia desconfortável de uma pessoa "normal".


(Natália Tamara)



I




- Sabe, caro amigo confidente, quando você se pega escrevendo na madrugada fria, que então posso notar tão quão minha obsolescência desprogramada, frigida e de um recalque tristemente funesto e alarmante. E posso confessar-lhes sem nenhuma virgula de demagogia, é tudo que resta a esta alma inundada de amor cítrico que parece não encontrar o rumo certo, uma reta horizontal, tal qual possa firma-lhes os pés pecadores numa direção cuja qual seja menos conflitante e árdua... Há muito tempo não escrevo em diários, pra ser franca jamais escrevi, mas como pode perceber não consigo interiorizar sentimentos “não consigo guarda-los só para mim”, então vou dedilhando os pensamentos em prosa e verso. (Bom ao menos penso ser) e me livrando dessas alucinações plasmáticas que me consomem noite e dia, com muito ainda por dizer mais sem retórica firme apenas lamentos em pausas, vírgulas, exclamações e pontos vãos; despeço-me com um breve ponto final.


(Natália Tamara)


sábado, 27 de julho de 2013

Invariavelmente Explicito!

Soluços à noite, pela madrugada,
Jorram sobre os cobertores...
Lagrimas cintilam e o meu penar é sonolento!
As prostitutas se deitam com seus deuses,
Mergulhadas em cantigas de ninar!

Sorrisos ofegantes entre suspiros brutais,
É a arte descompassada de não falar, apenas gemer...
Não pretendo vestir-me com tua roupa,
Teu corpo é fantasma e “eu” fantasia;
A fantasia é ilusão, e , teu fantasma quem é não sei!

Estes versos impuros, torneados ao som de harpa,
Ardem neste vibrante coração, inflamando certos suspiros,
Boca seca, ouço gemidos! Vejo você dentro do sono!
Não tenho mais as horas, estas me desolam,
As prostitutas se deitam, mas não vão dormir tão pouco amar!

Natália Tamara     


“Emoções Subjetivas ou Subjetivas Emoções?!”

Nasce mais um dia...
Desperta a aurora e com ela sua multidão!
Tomo meu café, ouço mil canções,
Olho da janela do meu quarto,
E lá esta o dia, lindo, triste, alegre ou talvez amargo!
E aqui comigo meu velho companheiro, o “Silencio”.
Este amigo fiel que tudo sabe! Este que tudo me diz...
Recordo com ele amantes do passado,
Lembro-me de amizades infinitas e finitas também;
No seu ombro cordial choro amores perdidos,
Lamento o que não tenha vivido,
E tento apagar alguns momentos insanos.
Vejo da vidraça dos meus pensamentos,
A ventania do tempo, e tudo que ela leva e traz...!?
Suspiro lentamente,
O dia segue seu rumo. (normal ou anormal!).
Pessoas passam por mim, eu passo por pessoas, (eu sou PESSOA!?)
Um bom dia, um boa tarde, um sorriso sem graça e natural.
Regresso ao meu lar! Acendo as luzes, ligo a vitrola, tomo meu vinho;
Vejo da janela da sala, alguém que vai, alguém que vem...
Estou com frio, apago as luzes, vou para cama;
E os pensamentos, eu não consigo apagar!
O dia adormece, a vida continua, o labor continua,
Eu adormeço, a cidade não para, o mundo não para,
E o planeta continua a girar...
Os problemas continuam, os sofrimentos também!
As paixões continuam, as mentiras também,
As verdades se escondem, às vezes diz oi, talvez um olá
O Amor? O amor continua!
Sinceramente, o AMOR aparece bem menos que a verdade,
O verdadeiro AMOR sumiu pelos ares,
Bom, eu estou com sono, preciso dormir,
Amanhã  desperta um novo dia, igual ou diferente,
Mas ainda sim um NOVO DIA.

Natália Tamara






domingo, 23 de junho de 2013

Relicário

Humano sentimento em leveza e amplidão,
Desabrochava latente em um fevereiro cintilante!
Olhares furtivos, meigos sorrisos e o sabor de quero mais,
Êxtase suave de paixão tórrida e totalmente avassalante!

Delírios sorvedouros em noites núpcias, estrelas a brilhar,
Ó fatal engano, ela guarda o punhal do passado horrendo!
Lutamos contra a dor, sem ter a mínima certeza,
Se de fato Ela e Eu enfim iríamos ganhar!?

A vida desafia a cada segundo o sentimento; lagrimas...
Loucura, desventura, amor e ódio, protagonistas dessa historia!
Sonatas ao luar, um desejo alucinado! Taça espumante de veneno,
Não há saídas, um pressagio de prazer amoroso, quem dera uma alforria...

És tão bela, contemplo a beira-mar ao teu lado,
E então cismo a perguntar que imagem natural é mais linda?
Entrelaço meus braços ao teu pescoço, e firmo no teu dorso,
Um Relicário dessa nossa historia, um Relicário desse nosso Amor!...

Natália Tamara.                                          













sexta-feira, 14 de junho de 2013

ELA!

Amor sagrado e profano,
Insensatez, melancolia, temor e "ódio"
Mulher misteriosa e não dona de si!
Senhora desta minha explicita agonia,
Senhorita dona do meu clamor...

Esse amor, essa paixão em chamas,
Este odor violento do passado,
Essa dor cruciante, esta agonia que não cessa.
Ah... Destino cruel, lagrimas cortantes,
Oásis dos meus desejos epiléticos!

Esses olhos singelos, face meiga,
Inspira doce e emocionante poesia.
Oh... Lábios de querubim, ilusão latente!
Anjo de candura neste meu sonho dadivoso,
Realidade brutal, não és donzela, mas ocupa meu coração...

   



  Natália Tamara






quarta-feira, 17 de abril de 2013

Sinfonia Para Um grande Amor!


Como um cavalheiro sombrio, vestindo sua túnica preta,
Na plenitude horrenda de uma dor amarga e intragável.
Um infeliz refletindo um mosaico de padecimentos,
Curva-se perante um sentimento plebeu em sua nobreza!

O silencio segue pensando em te, culpando-se, porém sem culpa,
Uma jornada sem dimensão e sem limite, sentir e nada mais...
Não há espaço para raiva, e de fato não existe mais espaço para pausas,
A vida cintila seus ventos que não param, não cessam e não curam!

O passado permanece lúcido, lembranças tórridas que queimam,
Veraneios que fustigam o corpo, que embriaga a alma, inquieta o espírito.
O amor continua límpido, forte, porém recato e escondido,
Seguirei pensando em te, mas toda sedução hipotônica será dessas!

Como um cavaleiro cortando o vento em seu cavalo alado,
Sem rumo definido, mas trajado de memórias cativas e delirantes.
Um puritano que talvez tenha se pervertido sem perder a pureza espiritual,
Um vassalo, portando o sorriso breve, gozando prazeres levianos...

De fato um amante fiel, um boêmio apaixonado, que por certo uma vez tenha amado,
Numa audácia nostalgiante que nestes tempos, outros jamais tenham ousado...
Penso em te , numa fragilidade perenal, e ao mesmo tempo com força triunfal,
Como um ser benévolo que enlouqueceu de tanto querer... Um Amor que dispensa Por quês!

Natália Tamara



segunda-feira, 15 de abril de 2013

Amor Recíproco Infeliz II


Como passos que vão pra a forca, ou cabeça para guilhotina,
Uma vida evaporando em cada respirar, o sangue esfriando em cada olhar.
Tenho sede, mas dessa água não posso mais beber!
Misericórdia desta alma volúvel e nômade, misericórdia Senhor,
Sacrilégio, sacrifício, a dama dos meus sonhos é Mulher...

Lutei, relutei, revoltei-me.  Esse amor, essa desventura, essa desilusão,
Fina canção de um trovador saturado da nostalgia fúnebre e plangente.
Hoje sou mais um discípulo do clamor, do ardor, um condenado por querer demais...
Como passos que vagueiam sem rumo, enlutados com o fim sem fim,
Uma vida sem vida, arfando, respirando; um sax calado emudecido e nada mais!

Um andarilho sem rumo certo, uma lunática graduada nas proposições pessoais,
Rendida estou à sorte tirana. Em prosa e verso faço meu louco viver.
Frágil coração, para que adoras, se não tem ventura?
Oh! Harpa que exalas melodia de um afável e turbulento amor,
Vibra clamante e acalma este coração latente e torturante, vibra em ternura e loucura!



Natália Tamara


sábado, 2 de março de 2013

Deusa Imponente!



Desponta aurora com seu ofuscante raio solar,
Meu riso se faz, mas presente e constante;
Pois  estou perante uma realeza fascinante que tens brilho sem fim...
Oh rainha de um palácio impávido e de honra incomum,
Curvo-me a te como um trovador embebido de emoção e fervor!

Senhora que toma a brisa serena nos braços,
E embeleza de candura a vida de um pobre vassalo,
Na espontaneidade serena  de um rouxinol a cantar,
Afugentando os ardores humanos, despindo o cansaço deste mundo viril,
Numa audácia que só tu, minha bela Afrodite, só tu sabes ousar!

Ana , mar aberto, calmo e tempestivo que deixo meu barco velejar,
Ondas voluptuosas que permito meu corpo se aventurar, navegar, mergulhar.
Cristina, beleza angelical que exala mil motivos pra te amar;
És razão do meu murmurar,do meu sorrir,do meu  acordar, e por certo do meu querer,
Sim deusa Ana Cristina, bela entre as belas, és somente por te  que meu coração estar a viver...

Natália Tamara