Portas fechadas,
Janelas entreabertas,
Ponte inclinada,
Muitas palavras,
Risos penosos,
Ruídos de dor!
A morte se cala,
O dia amanhece,
Agente anoitece,
E estamos sós...
O teatro dos dias,
A pós- agonia,
A fila da profecia?
A prosa flui,
O verso inclui,
E todo pedaço de mim,
É assim, poesia metamorfoseada,
Em lirismo e cifrão.
- Eis-me aqui novamente, nobre amigo fiel, não mais, tão pouco menos confusa, e de fato mais uma vez atordoada com a complexidade da vida, que muitas vezes é julgada tão simples e tenho o maldito dom de complicar. Quantos passos dados em busca de amor. Mas o que seria o amor? Pois bem, chego a conclusão que este é sem duvida um sentimento efêmero, que se traduz em suas mais desconcertantes e variáveis formas de ser, de se vê, e por certo de se viver; contudo posso afirma-lhes que nem sempre mostramos o que realmente sentimos, e o mais absurdo podemos nos tornar o avesso de nós, ou não o avesso e sim a contradição. Os atos de impulsos neuróticos podem dissipar nosso bom caráter e nos fazer um trapiche mesclado de conturbações que se alteram hora internamente, hora escandalosamente. Caro amigo os pensamentos estão em crise, sinto-me uma epilética no auge cruciante de ataques tenebrosos que geram dor, remorso e desespero. Despeço de te, como um condenado, assumindo a culpa, a máxima culpa.
" Depois de amaranhados pensamentos catastróficos, revoltou-se contra o que tanto profetizou; o amor entre os humanos, e com a taça de gim na mão, deu-se o ultimo gole e pigarrou; depois olhou a sua volta e disse o amor entre nós não existe, hoje não existe amor sem condições limitadas, apenas provérbios controversos, interjeições mau colocadas, verbos de ligação projetados, e carências mau curadas. *Tomou de um gole só seu duplo conhaque e afirmou: _ Não tive mérito nenhum em conquista-la, uma meia duzia de palavras bem colocadas na hora da exaustão de sua caminhada, qualquer um(a), consegue facilmente não apenas conquista-la e sim te-la, palavras, atitudes bem moldadas em poucos dias, ela morre de amores, pousa pra fotos em verticais e horizontais meliantemente e despe-se, dá seu corpo nu fogosamente, como uma adolescente "mundana" que se encanta com reles plágios do seu primeiro amor. * O ventou tomou seu monologo em sobressalto e afirmou-lhe com uma crédula certeza onipotente: _ Não te lamentes filha de Eros, pois tua seiva é de nascimento, e , embora fora de equilibrou estejas, sabes bem que tua graça ou desgraça vem de berço. E no trilhar da face de Crono deparou-se com uma liagem de Dionísio, este compilado pelo seu devotismo ao prazer, ultrajou-se de Afrodite e tomou seu corpo, queimou sua alma, e seguiu em frente com sua sede letal de "Tesão"... Não se desfaleça descendente de Atena, de fato Tu não tevês mérito nenhum na conquista; porque neste enlevo que é a vida soou nos quatro cantos que o mérito foi todo Dela... Sim autentico Apolo foi ela quem te conquistou! _ Então recomponha-se, e acabe com essa Ares dentro do teu ser! (Natália Tamara)
Um livro, A leitura mecanizada, Outro livro, O sabor das não lucidas palavras! O livro flutuante, Os jogadores, Um fantasminha, Dois cortes de Cabelo, A juventude que canta" Pleb Rudy" Azarados e desenhos! Um assobiador e alguns sapatos, Três atos de estupidez, O corpo assustador e gelado, O sangue gelou-se no coração saturado. Ele não merecia morrer como morreu, E a felina arranhou as paredes, E misteriosamente desapareceu.
O mesmo, a mesma dose, Meu constante vice versa, O dilema que é meu, meu tormento, O que é de natural em mim? O Romantismo, a seriedade, O não saber sorrir sempre? Ou eles, que me destroem profundamente, Os monstros, os picos surtos incontroláveis. De tudo, entre tudo, Eu sou lira, sou verso emocionado, Sou amor verdadeiro, Certas vezes louco pirado! Nunca maloqueiro, Alguns instantes bem descarado, sacana, safado! Sou tristeza, quando mau interpretado, Sou remoço, quando fraquejo e desaponto a amada! Sou traição, quando traio a mim mesmo... Sou ressurreição quando te tenho nos braços, Sinto-me um Deus quando teu sorriso é motivo meu, E um verme quando teu penar é culpa minha. Sinto-me um nobre quando te amo, E um plebeu imundo quando perco a compostura, E me afogo na lama do ciume desmedido. Não o mesmo, outra dose de gim amargo, Meu avesso, a taça do contraste! Sou um leque de afins e sei que tu também és! Sou teu Poeta... E tu és minha Poetisa...
Ela
veio como uma brisa marítima, soprando lentamente amor, neste coração
sentimental, nesta alma louca e inadequada. Ela veio se instalou de mansinho,
se apossou, e de forma anormal tomou conta desta casa que habita meu espírito.
Eu quis, eu não queria, eu deveras nem mesmo sabia que displicentemente
pertencia a ela.
Embriagamos-nos
de paixão, pintamos nossas faces de vários personagens, sendo unicamente nós
mesmas; eu sorrir loucamente, chorei asperamente ás margens de tuas historias,
tu sorrio lindamente, foi inocente, não sendo tão inocente assim. Eu variei em
devaneios, eu criei bloqueios, e amor se escondeu, eu padeci no meu desespero,
e lancei-me ao precipício, “Te perdi por capricho” e agora me encontro nesse
tórrido abismo, e não sei mais de mim.
Amamos-nos, nos bagunçamos, hoje estamos longe, porém unidas por um
sentimento que jamais vai morrer, jamais será esquecido...
Sem
mais forças, tão pouco animo para escrever mais caro amigo confidente, deixo-te
por fim um abraço angustiante e caloroso.
Abriu a porta
lentamente, dirigiu-se para o quarto tomou em suas mãos seu livro favorito, leu
algumas paginas, escondeu o rosto entre as mãos e derreteu-se em lagrimas,
recordou cada beijo nostálgico e permitiu-se um breve sorriso abrasivo e
fervido. Com a alma e o corpo tremulo vestiu-se plangentimente com sua túnica
imprópria de Fantasma da Opera, e jurou a si mesmo não voltar a amar, que
estupidez, como não amar? Se seu espírito és devoto desse sentimento
avassalador.
- Não quero mais que
meu coração seja guiado, encorajado, ou estimulado por uma paixão, ele sozinho
já se inflama bastante; pois não há nada mais volúvel e inconstante que este órgão tão pulsante e quisás
sofredor. Mas afirmo não posso me ausentar deste mar imensurável que és esse
sentimento tão verdadeiro, tão audaz e misterioso.
Olhou por instantes no
espelho das lembranças, e pode ver-se refletido numa imagem contraditória,
perdeu o equilíbrio, perdeu a sensatez, perdeu as forças e pôs-se em lagrimas
novamente... Esse amor, essa paixão não é, portanto nenhuma invenção poética
vai além do entendimento pessoal, questiona todas as leis do sociável, quebra
regras, acusando e condenando os princípios que existe no outrem e em te.
Tomou de posse o mesmo
livro, resignou-se aos sentimentos, lamentou a ausência dela, cativou presenças
novas, emoções novas, mas, guarda consigo a lembrança calorosa daquele velho
novo amor. Fechou a porta do quarto, deitou-se na cama e clamou por dormir,
apenas dormir e sonhar... Foi tudo que pude lhe escrever hoje meu nobre amigo,
nada mais tenho a dizer, além de um até breve.
O processo de
transformação, é sem duvidas a maior aventura do mundo, tenho provado todos os
sabores desta louca alucinação que é o "cotidiano" de viver. Meu caro
amigo confidente, hoje, não tenho muito a escrever, os sentimentos me tomam por
inteira, mas cismo que a melhor maneira de ficar mais perto desse amor é
escrevendo, e sei que posso contar contigo, nossa amizade é a mais leal e
refinada forma de aliança intima.
Posso confessar-lhes
que a alegria é uma grande mestra, mas o desespero também. O assombro é um
grande mestre, mas a confusão também. A esperança é uma grande mestra, quem
sabe a loucura também; mas o amor é o mestre de todos os mestres, que me perdoe
a senhora sabedoria, mas apesar de viver neste mundo parvo e fora de controle,
ouso acreditar no amor; este amor genitor, esse amor soberano que tem o poder
de regenerar nós seres humanos conflituosos e inconformados.
Prejulgo que esta minha
mente tão fechada, esteja se auto abrindo para os cortes fundos da união entre
amor poético e realidade do amor humano, ele se refere a amor retalhado, amor
com horários de visitas marcadas, horários do deixa acontecer, amor do prazer
por prazer; e, esse ultimo afirmo que não é amor.
“Mas o amor que trago
comigo, meu caro amigo, é o mais romântico, porém o mais exigente, o mais
cafona, o mais “ ridículo", porém o mais leal, o amor de poeta, exagerado
em suas formas tanto lúcidas quanto não lúcidas, bruscas em alguns atos, porém
sublime e carinhoso no ato final. Sim meu grande amigo, esse amor eu defendo
com a própria vida.
Quanto a dor, não
compreendo, mas ela queima, arde, oprimi, massacra e ao mesmo tempo fortalece.
Bom com muito ainda por argumentar sobre esses assuntos abstratos e tão
sensitivos, por tanto reais, despeço-me com um até breve.
A casa, o corredor, a porta, as malas, o carro, a
estrada, toda angustia de tudo por nada, pensamentos meus, alheios pensamentos
inaceitáveis; a capital baiana, o aeroporto, nada de expectativas exageradas,
apenas entorpecida de dor, espasmos de ânsias, excessos de teorias intragáveis.
O voo, o outro voo, Rio de Janeiro, Santa Catarina (mas precisamente
Florianópolis).
Outro clima, outras ruas, os mesmos passos, a brisa
marítima, reflexões, arrependimentos; um pequeno sopro de vida, o foco... O
sangue começa ferver novamente, novas falas, novas conversas, beijos vãos, sem
sentidos. O fogo da paixão então começa reviver; novo palco, mesma mascara real
de romantismo cítrico, plasmático, carinhoso, sufocante, desafiador, incomum,
incomparável, sereno, catastrófico, talvez não seja exagero se renomear como
"Palhaço do Amor".
A Louca paixão, o quer ter e não saber bem o porque,
o punhal certeiro, o sangramento constante, a Bela vivente sem vida continua,
sempre interrompida, as cenas, o travor amargo de amar o que não pode ser, o
emblemático coração que almeja poesia, sorriso lírico, solidão regada a vinho e
boas músicas, esta diante a realidade tão temida! E ter seus olhos negros
sempre ao meu lado, me fazia feliz.
Meu caro amigo confidente; cismo esta certa que a
existência de uma criatura vale muito pouco, quando a vida é extraviada sentimentalmente.
O continuo curso dos dias segue; e, o que posso afirmar meu grande amigo, é que
custa caro vestir essa fantasia desconfortável de uma pessoa
"normal".
- Sabe, caro amigo confidente, quando você se pega escrevendo na madrugada fria, que então posso notar tão quão minha obsolescência desprogramada, frigida e de um recalque tristemente funesto e alarmante. E posso confessar-lhes sem nenhuma virgula de demagogia, é tudo que resta a esta alma inundada de amor cítrico que parece não encontrar o rumo certo, uma reta horizontal, tal qual possa firma-lhes os pés pecadores numa direção cuja qual seja menos conflitante e árdua... Há muito tempo não escrevo em diários, pra ser franca jamais escrevi, mas como pode perceber não consigo interiorizar sentimentos “não consigo guarda-los só para mim”, então vou dedilhando os pensamentos em prosa e verso. (Bom ao menos penso ser) e me livrando dessas alucinações plasmáticas que me consomem noite e dia, com muito ainda por dizer mais sem retórica firme apenas lamentos em pausas, vírgulas, exclamações e pontos vãos; despeço-me com um breve ponto final.
Amor sagrado e profano,
Insensatez, melancolia, temor e "ódio"
Mulher misteriosa e não dona de si!
Senhora desta minha explicita agonia,
Senhorita dona do meu clamor...
Esse amor, essa paixão em chamas,
Este odor violento do passado,
Essa dor cruciante, esta agonia que não cessa.
Ah... Destino cruel, lagrimas cortantes,
Oásis dos meus desejos epiléticos!
Esses olhos singelos, face meiga,
Inspira doce e emocionante poesia.
Oh... Lábios de querubim, ilusão latente!
Anjo de candura neste meu sonho dadivoso,
Realidade brutal, não és donzela, mas ocupa meu coração...